domingo, 14 de junho de 2009

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Sou como a caneta esquecida sobre a mesa...
Sou como a própria pena do poeta esquecida no tinteiro...
Sou a canção esquecida...
Sou o medo reprimido...
Sou o grito de dor...
Sou o coração partido...
Sou a face desfigurada...
Sou o suor do mendigo...
Sou a criança abandonada...
Sou o poema esquecido...
Na estante empoeirada...

EU SOU O NÃO-SER CONCRETIZADO...

Enne Carvalho

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